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Hipertensão resistente: o que fazer quando a pressão não baixa


Tem quem toma vários remédios, faz aparentemente tudo certo e mesmo assim não diminui a pressão alta. Pode ser hipertensão resistente - mas dá para tratá-la.

A teimosia também pode ser um traço de algumas doenças. Uma delas é a chamada hipertensão resistente (HR), quadro marcado por uma pressão arterial acima de 140 milímetros de mercúrio (mmHg) por 90 mmHg – o popular 14 por 9 – mesmo com o uso diário de três ou quatro remédios diferentes prescritos em suas doses máximas.

O pior de tudo é que esse aperto constante nos vasos sanguíneos quase não dá sintoma e pode permanecer escondido por anos se o sujeito não vai ao médico ou não faz exames de rotina. “

Se nada for feito, o risco de sofrer com infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença renal crônica e até morte súbita aumenta incríveis 47%.

Dados tão alarmantes motivaram a Associação Americana do Coração a produzir um extenso documento que reúne o conhecimento sobre o assunto e apresenta os melhores caminhos para enfrentar a enfermidade.

“Quem tem histórico familiar, diabetes, obesidade, não pratica atividade física e consome muito sal ou álcool corre maior risco de entrar no grupo dos resistentes”, resume a médica.

Outra alteração digna de nota na diretriz: o reconhecimento da apneia do sono como um importante vilão para as artérias e um dos principais fatores confundidores em matéria de hipertensão resistente. Os danos vasculares da condição foram estabelecidos em pesquisas recentes, várias delas feitas no Brasil. Elas comprovaram que as interrupções na respiração durante a noite bagunçam pra valer a passagem de sangue pelos vasos.

Mais que isso, precisam ser tratadas quanto antes para aprimorar o descanso noturno e livrar o coração de piripaques. Aliás, antes de bater o martelo sobre a HR, é primordial avaliar se há apneia ou outras encrencas no pedaço.

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