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Como é feito o exame da tuberculose e resultados


O PPD é ​o exame de triagem padrão para identificar a presença de infecção pela Mycobacterium tuberculosis e, assim, auxiliar o diagnóstico da tuberculose. Normalmente esse exame é feito em pessoas que estiveram em contato direto com pacientes infectados pela bactéria, mesmo que não apresentem sintomas da doença, devido à suspeita de uma infecção latente pela tuberculose, quando a bactéria está instalada mas ainda não provocou a doença.

O exame PPD, também conhecido como teste tuberculínico ou reação de Mantoux, é feito em laboratórios de análises clínicas através de uma pequena injeção contendo proteínas derivadas da bactéria debaixo da pele, devendo ser avaliado e interpretado preferencialmente por um pneumologista para que possa ser feito o diagnóstico correto.

Quando o PPD é positivo existem grandes chances de se estar contaminado pela bactéria. No entanto, somente o exame PPD não é suficiente para confirmar ou excluir a doença, por isso, em caso de suspeita de tuberculose, o médico deverá solicitar outros exames, como radiografia de tórax ou pesquisa da bactéria no escarro, por exemplo.

Resultados do exame PPD

Os resultados do teste PPD dependem do tamanho da reação na pele, como mostra a imagem e, por isso, podem ser:

  • Até 5mm: em geral, é considerado um resultado negativo e, por isso, não indicando infecção com a bactéria da tuberculose, exceto em situações específicas;

  • 5 mm a 9 mm: é um resultado positivo, indicando infecção pela bactéria da tuberculose, especialmente, em crianças menores que 10 anos não vacinadas ou vacinadas com a BCG há mais de 2 anos, pessoas com HIV/AIDS, com imunidade enfraquecida ou que têm cicatrizes de tuberculose na radiografia de tórax;

  • 10 mm ou mais: resultado positivo, indicando infecção pela bactéria da tuberculose.

Em algumas situações, a presença de reação na pele maior que 5 mm não significa que a pessoa esteja infectada pela micobactéria causadora da tuberculose.

Por exemplo, pessoas que já foram vacinadas contra a tuberculose (vacina BCG) ou que possuem infecção por outros tipos de micobactérias, podem apresentar reação na pele quando o exame é realizado, sendo chamado de resultado falso-positivo. Já um resultado falso-negativo, em que a pessoa tem a infecção pela bactéria, mas não forma reação no PPD, pode surgir em casos de pessoas com a imunidade enfraquecida, como portadores de AIDS, câncer ou em uso de medicamentos imunossupressores, além de desnutrição, idade maior que 65 anos, desidratação ou com alguma infecção grave.

Por causa da chance de haver resultados falsos, a tuberculose não deve ser diagnosticada apenas pela análise deste exame. O pneumologista deve solicitar exames complementares para confirmação do diagnóstico, como radiografia de tórax, exames imunológicos e a baciloscopia, que é um exame laboratorial em que são pesquisados na amostra do paciente, geralmente escarro, os bacilos causadores da doença.

Esses exames também devem ser solicitados mesmo se o PPD seja negativo, pois esse exame sozinho não pode ser utilizado para excluir o diagnóstico.

Como é feito o exame PPD

O exame PPD é feito em laboratório de análises clínicas através da injeção de um derivado proteico purificado (PPD), ou seja, de proteínas purificadas que estão presentes na superfície da bactéria da tuberculose. As proteínas são purificadas para que não haja desenvolvimento da doença em pessoas que não possuem a bactéria, no entanto as proteínas reagem nas pessoas que estão infectadas ou foram vacinadas.

A substância é aplicada no antebraço esquerdo, de preferência, debaixo da pele. Depois disso, a pessoa pode voltar para casa, e ir ao pneumologista após 72 horas da aplicação, que é o tempo em que a reação normalmente aparece. Para fazer o exame PPD não é necessário ficar de jejum ou ter outro cuidado especial, sendo apenas recomendado informar o médico caso se esteja usando algum tipo de medicação. Esse exame pode ser realizado em crianças, grávidas ou pessoas com sistema imune comprometido, no entanto, não deve ser feito em pessoas que apresentam possibilidade de reações alérgicas severas, como necrose, ulceração ou choque anafilático severo.

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