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Cientistas identificam 7 proteínas do vírus da zika responsáveis por efeitos nocivos


Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)

O vírus da zika já foi associado a diversos problemas graves de saúde, como microcefalia, síndrome de Guillain-Barré e encefalomielite aguda disseminada. O que ainda não está claro é o mecanismo exato que faz com que o vírus tenha consequências neurológicas tão nocivas. Para tentar desvendar que componentes do vírus têm essa ação, cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, contou com a ajuda de uma levedura que já foi usada no passado para a produção de cerveja na África: a levedura de fissão, ou Schizosaccharomyces pombe. A equipe liderada pelo professor de patologia Richard Zhao examinou a ação isolada de cada uma das 14 proteínas e peptídeos do vírus da zika sobre a levedura. O genoma do vírus da zika codifica a produção de uma única poliproteína que contém seis proteínas estruturais, sete proteínas não-estruturais e um peptídeo. Separando cada um desses componentes do vírus e testando-os na levedura, foi possível constatar que 7 dessas 14 proteínas afetaram o crescimento e proliferação celular, morte celular e desregulação do ciclo celular na levedura. Os resultados do estudo foram publicados nesta segunda-feira (2) na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS). Zhao já tinha experiência no uso da levedura de fissão como modelo para estudo do HIV e decidiu usar sua expertise para contribuir com a força-tarefa científica para compreender o vírus da zika. “O mecanismo desse vírus tem sido um grande mistério”, disse Zhao. “Esses resultados nos dão informações cruciais para entender como o zika afeta as células. Agora temos algumas pistas valiosas para futuras pesquisas.” Anteriormente, outro grupo de cientistas já tinha identificado duas proteínas do vírus da zika capazes de desregularem mecanismos celulares. A pesquisa publicada nesta segunda-feira representa um avanço em relação à descoberta anterior.

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