Por causa do surto atual, o governo ampliou a vacinação contra sarampo para essa faixa etária, que é mais suscetível a complicações e mortes.
O Ministério da Saúde anunciou que, a partir do dia 22 de agosto, bebês de 6 meses a 1 ano de todo o Brasil devem ser imunizados contra o sarampo. Isso vale mesmo nas cidades em que a doença não foi identificada ou onde não há surto ativo.
A medida, que já valia para a população da cidade de São Paulo desde 25 de julho, será implantada devido ao aumento de casos de sarampo no país. Entre 19 de maio a 10 de agosto, foram confirmadas 1 680 ocorrências em 11 estados: São Paulo (1 662), Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), Bahia (1), Paraná (1), Goiás (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe (1) e Piauí (1).
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, essa é uma ação preventiva. Em surtos anteriores, bebês menores de 1 ano evoluíram com maior frequência para casos mais graves e óbitos.
“Por isso, é preciso que todas as crianças nessa faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo, considerando a possibilidade de trânsito de pessoas doentes”, afirma o secretário, em comunicado à imprensa.
É importante lembrar que essa dose extra, chamada de “dose zero”, não consta no calendário nacional de vacinação. Portanto, ela não substitui as outras duas que devem ser aplicadas para conferir proteção prolongada contra essa enfermidade.
Ou seja: independentemente de o pequeno tomar ou não a “dose zero”, ele precisa continuar seguindo o calendário normal de vacinação.
A previsão do Ministério da Saúde é que, com a imunização desse público, 1,4 milhão de crianças sejam protegidas do sarampo.